Simão - conhecido como Pedro - foi um dos primeiros a ser chamado por Jesus. Seguiu-o com entusiasmo, reconhecendo nele o Messias, o Filho de Deus. Embora o seu caminho de discípulo inclua momentos de provação - negação e depois arrependimento - Jesus aponta para este mesmo homem como Pedro, a "rocha" sobre a qual edificará a sua Igreja. Atualmente, a Basílica de São Pedro representa um testemunho espiritual destas palavras de Jesus. O local onde a comunidade cristã primitiva depositou o corpo do apóstolo crucificado durante a perseguição de Nero encontra-se debaixo do altar da Basílica, preservando durante séculos a memória da fidelidade de Pedro testemunhada até à morte. Acima dela, a Igreja, composta de pedras vivas, reúne-se em torno do Sucessor de Pedro, o Papa. Quem acredita que Jesus é o Filho de Deus, encontra aqui a sua casa, as suas raízes e o seu chamamento a ser pedra viva no templo espiritual da Igreja.

Michelangelo tinha apenas vinte anos quando, inspirado pelo momento em que Jesus foi retirado da cruz e envolvido no abraço maternal de Maria, esculpiu a famosa Pietá, colocada numa capela da Basílica de São Pedro. A obra do jovem artista foi admirada desde o início como uma obra-prima absoluta que ultrapassava até a arte dos antigos. Mas, ao mesmo tempo, também carrega uma profunda mensagem espiritual: Maria é aqui representada como Mãe e Esposa, uma figura da Igreja, que carrega Jesus oferecendo-o à humanidade e permanece jovem na medida em que se torna semelhante a Ele. Esta escultura também mudou a vida de Michelangelo, que se tornou um artista muito procurado e ficou indelevelmente ligado à Basílica de São Pedro, cuja forma moldou literalmente com as suas próprias mãos.